Sentinelas do Silêncio

Firmes como pedras, sutis como brisas. As esculturas da série Sentinelas do Silêncio habitam o espaço como presenças que não gritam, mas dizem tudo. São corpos atentos, em escuta profunda, vigias de si mesmas, guardiãs do invisível. Cada uma carrega um instante suspenso, um momento entre o que foi e o que está por vir. Estão em vigília diante do mar interno, como quem respeita o tempo do silêncio e a sabedoria da pausa. Têm olhos fechados, mas visão aberta. Têm forma sólida, mas pulsam. Os elementos dourados surgem como toques de alma, portais sutis para o que não se vê, mas se sente. Há nelas algo que acolhe e algo que provoca. Como se, ao parar diante de uma delas, fôssemos lembrados do que esquecemos de escutar em nós. Sentinelas do Silêncio são esculturas que não se impõem, mas se fazem notar.