Habitar o Intervalo

Entre o cheio e o vazio, corpos minúsculos experimentam o espaço como quem tateia o próprio limite. O tijolo, sólido, pesado, impessoal, torna-se abrigo, obstáculo ou palco. Essas figuras não apenas ocupam, elas se encaixam, se curvam, empurram o ar das frestas, questionam a medida do humano diante da matéria. Habitar o intervalo é reconhecer o espaço entre o dentro e o fora, entre o peso e o respiro. É perceber que até a matéria mais dura pode conter ternura, e que o gesto de caber, ainda que por um instante, é também uma forma de existir. Há uma delicadeza quase arquitetônica nesse encontro entre corpo e estrutura, onde o silêncio se torna morada e o mínimo se revela imenso.

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