Sou Agua que corre entre Pedras

A água encontra seu caminho, sempre. Ela escorre entre as pedras, dissolve barreiras, molda paisagens. Sua força não está no confronto direto, mas na persistência, na maleabilidade que contorna sem perder a essência. Assim é o feminino: presença fluida, mas incontornável. No concreto das cidades, onde a rigidez tenta ditar limites, a intuição se infiltra como um rio subterrâneo. Invisível, mas viva. O feminino transita entre o sólido e o etéreo, ocupa espaços com suavidade e potência. Como a água, ele se adapta sem se anular, transforma sem violência, mas com potência.. Nas profundezas do oceano ou na gota que insiste em cair, há o mesmo princípio: o fluxo, como força que escava, que renova, que transborda quando necessário. Onde há fissura, ele preenche. Onde há dureza, ele amolece. Onde há silêncio, ele reverbera. Porque a água, assim como o feminino respeita seu curso, ocupa, transforma e ressignifica – não apenas o espaço, mas a própria existência. Mais que forma, presença. Mais que matéria, potência. Leveza e tempestade. Contorno e profundidade. É nascente. É mar. Esta série de esculturas manifesta o feminino que se afirma, mergulha e se expande. A intuição e a criação transmutam-se em estrutura, provando que a sensibilidade não é fragilidade, mas fundamento. Cada peça carrega o eco dos mergulhos internos, das camadas que se revelam, da força que se constrói no silêncio e na profundidade.

Sou Agua que corre entre Pedras

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